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Haverá momentos que serão difíceis para o cliente falar de alguns dos seus sentimentos, porque pode sentir-se envergonhado, desencorajado, ridícularizado e até com medo.
Para que exista sentimentos de segurança em uma relação terapêutica tem que haver confiança. Sentir-se seguro para falar de si é um processo, que inicia na primeira consulta. Então desde o primeiro contato, que você faz com o terapeuta essa segurança já começa a ser instauranda, para que aos poucos você possa confiar no terapeuta para falar das tuas questões. E será desta forma que vai se dando a construção do vínculo terapêutico.
Por isto é tão importante contar com um terapeuta aceitador, empático, autêntico e acolhedor, que acompanhe atentamente seus sentimentos, e que se certifique sobre as compreensões desses sentimentos, tanto para o cliente, quanto para o próprio terapeuta.
Você pode ser uma pessoa que sinta não estar sendo aceito por pessoas das quais se relaciona ou com a própria sociedade e, isto poder ser muito pesado para você. Então tudo que você não quer é um terapeuta que o julgue, mas que o compreenda.
Parte do êxito da terapia está na faclitação do terapeuta, seu modo de intervir as questões trazidas em sessão e outra parte diz sobre você. Como se trata de uma relação, vai haver um tempo de descobertas, exploração tanto por parte do terapeuta quanto sua.. De saber que algumas das suas experiências ainda não estão por você conscientizadas, portanto, este será nosso primeiro trabalho - falar sobre você e as suas experiencias. Isto vai aos poucos possibilitar a exporação e a tomada de consciência do modo como vem agindo frente as situações vividas, que por ora lhe geram sofrimento. Isto faz sentido pra você?
Será extremamente prejudicial para você, se ao invés de lhe escutar e compreender este lugar onde você se encontra, e dele irmos dialogando, a ter que, por exemplo consolar você, dizendo que sua dor vai passar. Isto é nocivo para o seu processo. A dor é sua e sempre será respeitada e escutada.
A confiança só será gerada se de fato você se sentir escutado, sem consolos, de que deve se acalmar; ou dizer que o que você está vivendo é algo comum, normal, de que muitas pessoas também passam pelo mesmo problema. As vezes o desespero toma conta mesmo e ficamos sem saída, com a sensação de estar perdido, impotente.
As mnhas experiências não servem de guia para te ajudar. Elas me ajudam para eu compreender que você é uma pessoa única. Não importa se eu tenha vivido algo parecido ao que o você está vivendo, sua experiência sempre vai ser única. Nunca será transferível.
A segurança na relação terapêutica vai ocorrer quando o cliente começar a descobrir que as suas revelações mais íntimad e intensas são aceitas sem 'choque' pelo psicólogo, e aí tem-se como resultado a eficácia do processo terapêutico.
Até a próxima!
Eliete Sergina
Psicóloga Clínica - CRP 12/09352
Eliete Sergina
Psicóloga Clínica - CRP 12/09352